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Categorias +Desvendando a Terapia de Ativação Comportamental (BA): Um Caminho para o Bem-Estar
A depressão é uma das condições de saúde mental mais desafiadoras que profissionais de psicologia enfrentam. Ela é uma complexa e afeta milhões de pessoas em todo o mundo, manifestando-se em sintomas como tristeza profunda, perda de interesse em atividades, fadiga e isolamento social. Dados recentes indicam que a depressão é um transtorno altamente prevalente (acesse a referência aqui)o que torna esta condição uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo.
Portanto, nós psicólogos temos que estar preparados para lidar com essa questão!
Na última década, a Ativação Comportamental (BA – BehavioralActivation) tem ganhado destaque crescente em pesquisas sobre o tratamento da depressão, especialmente do Transtorno Depressivo Maior.
Vem comigo que hoje você vai sair daqui conhecendo as bases desse modelo de psicoterapia.
A BA baseia-se na noção de que atividades e emoções estão interconectadas. Ela reconhece que a depressão frequentemente leva à inatividade, o que, por sua vez, alimenta ainda mais a depressão. Entendeu o ciclo?
Assim, alterar padrões de atividade pode ter um impacto significativo na melhora do humor e do bem-estar. De forma superficial, poderíamos dizer que a realização de atividades tende a contribuir para que a pessoa deprimida entre em contato novamente com as coisas do mundo que mantinham sua vida mais feliz e sua saúde mental mais controlada.
A chave, então, é tentar mexer aos poucos na quantidade de atividades realizadas, mesmo quando o paciente não tem vontade de fazê-lo. Para que os padrões de atividade possam ser alterados, a BA destaca a necessidade de cuidar da estruturação do dia do cliente. Isso envolve ajudar os clientes a criarem uma rotina planejada para seus dias, incorporando atividades agradáveis e significativas.
Percebe como isso tende a ajudar a evitar o isolamento e a promover o envolvimento social?
Agora, pense comigo: não dá para criar uma rotina nova para alterar padrões de comportamento e exigir que o cliente vá do 8 ao 80 em uma semana, certo?! Fazer isso pode, inclusive, prejudicar muito o tratamento. Portanto, a BA aposta na exposição gradual, incentivando os clientes a se exporem progressivamente a atividades que vinham evitando, diminuindo, de pouquinho em pouquinho, o medo e a ansiedade associados a essas atividades.
Como bons analistas do comportamento, convém lembrar que o que faz com que continuemos nos comportando são as consequências destes comportamentos. Se eu quiser tirar o paciente da cama ou do sofá, esse será o fator determinante para que a minha intervenção tenha sucesso.
Portanto, ao planejar as intervenções para alterar padrões de atividade, o terapeuta que trabalha com BA precisa ter um foco nas recompensas e, assim, buscar atividades que proporcionem prazer e satisfação para o paciente. Isso ajuda os clientes a se manterem realizando as atividades ao longo do tempo e, consequentemente, a experimentarem emoções positivas e a recuperarem o interesse pela vida.
A BA oferece uma abordagem prática para o tratamento da depressão que pode ser empregada de forma flexível e pode ser adaptada para atender às necessidades individuais dos clientes.
E, agora que você já conhece a Ativação Comportamental e já tem uma noção geral sobre seus pressupostos, que tal aprofundar seu conhecimento com a gente?
Conheça o curso sobre Ativação Comportamental do Instituto Continuum:
https://www.institutocontinuum.com.br/curso/136-ativacao-comportamental
Dr. André Connor de Méo Luiz - Coordenador Acadêmico do Instituto Continuum